Steve Jobs
Steven Paul Jobs (
São Francisco,
Califórnia,
24 de fevereiro de
1955 —
Palo Alto, Califórnia,
5 de outubro de
2011)
[2] foi um
inventor,
empresário e
magnata americano no setor da
informática. Notabilizou-se como co
fundador,
presidente e
diretor executivo da
Apple Inc.
[6] e por revolucionar seis indústrias: computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicação digital.
[7]. Além de sua ligação com a Apple, foi diretor executivo da empresa de animação por
computação gráfica Pixar e acionista individual máximo da
The Walt Disney Company.
No final da
década de 1970, Jobs, em conjunto com
Steve Wozniak e
Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de
computadores pessoais de sucesso, a série
Apple II.
[6] No começo da
década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da
interface gráfica do usuário guiada pelo
mouse, o que levou à criação do
Macintosh.
[8]
Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1985, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a
NeXT, uma companhia de desenvolvimento de
plataformas
direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A
compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que
ele ajudara a fundar, e ele serviu como seu
CEO de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando
Tim Cook como sucessor.
[9]
Morreu em
5 de outubro de
2011, aos 56 anos, devido a um
câncer pancreático.
Nascimento
Steve Jobs nasceu em San Francisco, filho de Joanne Simpson e de
Abdulfattah John Jandali, membro de uma proeminente família síria
proprietária de poços de petróleo, empresas e propriedades agrícolas. O
casal se conheceu em meados dos anos 50 na Universidade de Wisconsin. Os
pais de Joanne, alemães católicos, eram contra o relacionamento
[11].
Com a descoberta da gravidez em 1954, após uma viagem do casal à Síria,
Joanne e Jandali decidiram não se casar e ceder o bebê para adoção
[11]. Joanne viajou para
São Francisco
onde ficou sob proteção de um médico que cuidava de mães solteiras,
fazia partos e cuidava de adoções sigilosas. Joanne exigiu que seu filho
fosse adotado por um casal com pós-graduação universitária.
Inicialmente, o bebê seria adotado por um advogado e sua esposa que
acabaram declinado após o parto, pois queriam uma menina
[11].
Após a recusa do primeiro casal, o bebê foi deixado sob guarda de
Paul Reinhold Jobs, mecânico e ex-membro da guarda costeira e Clara
Hagopian Jobs, filha de imigrantes armênios. Inicialmente Joanne
recusou-se a assinar os papéis da adoção pois o casal não tinha
completado o segundo grau. O impasse só terminou após Paul assinar um
compromisso de criar um fundo para enviar o menino a faculdade
[12].
Juventude
Em 1958, o casal Jobs adota uma menina chamada Patty e se muda para a casa número 286 da rua Diablo
[13], em um loteamento em Mountain View ao sul de
Palo Alto[14].
Em seu novo lar, Paul Jobs mergulha em seu hobby de reformar e vender
carros usados. As primeiras lições sobre design foram aprendidas durante
o tempo que Steve passava na garagem com seu pai, que tentava,
infrutiferamente, ensinar sobre os princípios da arte da mecânica
automotiva
[15].
A atmosfera tecnológica adquirida por Palo Alto a partir dos anos 60
inspirou o jovem Steve a se aprofundar no campo da eletrônica,
descoberta durante as horas passadas na garagem de casa.
[16].
Durante o nono ano do ensino médio, Jobs começa a visita a garagem do
engenheiro Larry Lang, que o introduz no Clube do Explorador da
Hewlett-Packard, um grupo de estudantes que reuniam-se semanalmente no
refeitório da empresa
[17]. Em pouco tempo, Jobs consegue um emprego na empresa
[18].
Durante o período colegial, começa a fumar maconha
[19]
e se aprofundar em atividades culturais como música e literatura. Na
eletrônica, passa a frequentar as aulas dadas por John McCollum, durante
o último ano do ensino médio. Nesse curso conhece
Stephen "Steve" Wozniak, cujo irmão mais novo era colega de Jobs na equipe de natação
[20].
A amizade entre os dois Steves mostrou-se frutífera desde o início. Ambos eram apaixonados por eletrônica e por " pregar peças"
[21].
Um dos marcos do espirito "brincalhão" da dupla foi a criação de uma
versão "Caixa Azul", um dispositivo que permitia a realização de
chamadas de longa distância de graça, a partir da emissão de um som com
frequência de 2600 hertz. O som com essa frequência servia como "chave
de encaminhamento de chamada da rede telefônica". A dupla de amigos
começou a vender o equipamento a 150 dólares.
A ideia para a construção do equipamento surgiu de uma reportagem da revista
Esquire
intitulada “Segredos da pequena Caixa Azul”. “No meio dessa longa
reportagem, tive de ligar para meu melhor amigo, Steve Jobs, e ler
partes dela para ele”, lembrou Wozniak
[22].
A reportagem revelava que outros tons serviam como sinais de frequência
única dentro da banda para encaminhar chamadas podiam ser encontrados
em uma edição do Bell System Technical Journal. Numa tarde de domingo em
setembro de 1971, Jobs e Wozniak invadiram a biblioteca do SLAC (
Stanford Linear Accelerator Center) para obter a publicação
[23].
Inicialmente a caixa azul era usada apenas para diversão. É folclórica a história em que Wozniak, fingindo ser
Henry Kissinger ligou para o
Vaticano para tentar falar com o
Papa João Paulo II.
A brincadeira tornou-se negócio após um estalo de Jobs, que percebeu o
potencial do equipamento. O preço de custo para cada unidade era de 40
dólares e o equipamento seria vendido a 150 dólares. Adotando apelidos
como Berkeley Blue (Wozniak) e Oaf Tobark (Jobs) a dupla começou a
vender os equipamentos. Nas demonstrações, ligavam para Ritz, em
Londres, ou um serviço de piadas, na Austrália. Os negócios com a "Caixa
Azul" terminaram quando a dupla foi roubada por um cliente armado em
uma pizzaria.
O empreendimento seria considerado por Jobs e Wozniak como um marco
que permitiu a criação da Apple, pouco tempo depois. “Se não fosse pelas
Caixas Azuis, não teria existido uma Apple. Tenho certeza absoluta
disso. Woz e eu aprendemos a trabalhar juntos, e ganhamos a confiança de
que podíamos resolver problemas técnicos e pôr efetivamente algo em
produção.”, afirmou Jobs
[24].
No verão de 1972, Steve sai de casa, contra a vontade dos pais, para
morar em uma cabana com Chrisann Brennan. Nesse mesmo período começa a
fumar ácido
[26].
No final do mesmo ano ingressa na universidade Reed College em
Portland, Oregon que cursaria formalmente apenas por seis meses.
"Desistir foi a melhor coisa que fiz. Pude me dedicar às coisas que eu
realmente queria fazer." disse anos mais tarde. Jobs passa 18 meses
frequentando o campus da Reed College
[27],
onde ganhou permissão para acompanhar as aulas como observador. Entre
os cursos assistidos por Jobs estava um curso de caligrafia que anos
mais tarde influenciaria na tipografia do Macintosh
[28].
Em seu período acadêmico, Jobs começa a ler livros sobre espiritualidade e iluminação
[29] e se torna adepto de dietas compulsivas
[30].
Jobs andava descalço pela universidade, não tomava banho e devolvia
garrafas de refringente para receber alguns trocados. Aos domingos
realizava caminhadas até o centro Hare Krishna para ganhar uma refeição
quente
[31]. Quando precisava de dinheiro, fazia pequenos reparos eletrônicos nos equipamentos do laboratório de Psicologia.
Em 1974 consegue um emprego na Atari. A empresa serviria de trampolim
para que Jobs alcançasse a Europa e depois a Índia, onde faria uma
jornada espiritual
[32].
No início de 1975 Jobs estava de volta a Palo Alto e ao seu emprego na
Atari, onde seria responsável, junto com Wozniak, de uma versão de
Pong
para um jogador. Jobs havia oferecido metade dos honorários a Wozniak,
que na época trabalhava na Hewlett-Packard, se o projeto fosse concluído
em quatro dias e com o mínimo de chips possível. A história é famosa
porque Jobs pagou apenas metade do honorário e nenhum valor referente ao
bônus pago pela economia de cinco chips. Wozniak só descobriria o
calote dez anos depois
.
Carreira
Apple Computer Inc e Apple I
A
Apple Computer Inc
foi criada em abril de 1976 para comercializar um computador pessoal
criado por Wozniak poucos meses antes. A ideia para o equipamento surgiu
durante uma reunião do
Homebrew Computer Club em
5 de março
de 1975. Após ver um folheto sobre microprocessador, Wozniak teve um
insight onde visualizou "teclado, tela e computador, todos juntos em um
pacote integrado"
[34]. Após meses trabalhando no projeto, no dia
29 de junho de 1975 surgem os primeiros caracteres na tela, em resposta ao digitar das teclas. "
Digitei
algumas teclas no teclado e fiquei chocado! As letras apareceram na
tela. Foi a primeira vez na história que alguém digitou uma letra em
teclado e viu aparecer na tela de seu computador, bem na sua frente" afirmou Wozniak
[35].
Fascinado pela funcionalidade do aparelho, Jobs convenceu Wozniak a
comercializar o equipamento. Para tanto, decidiram abrir uma empresa.
Entre as primeiras sugestões para nome estavam termos da computação como
Matrix, neologismos como
Executek e nomes "desinteressantes" como
Personal Computer Inc. Por fim, Jobs propõe
Apple Computers. "
Eu
estava em uma das minhas dietas frugívoras. Tinha acabado de voltar da
fazenda de maçãs. O nome parecia divertido, espirituoso e não
intimidante. Apple tirava a aresta da palavra computador. Além disso,
nos poria à frente da Atari na lista telefônica", explicou ao amigo Wozniak
[36].
A divisão de ações e lucros foi dividido em 45% para Jobs, 45% para
Wozniak e 10% para Ron Wayne, um engenheiro da Atari que tivera
anteriormente uma empresa de máquinas caça-níquel. Wayne, pouco tempo
depois, venderia sua parte aos demais sócios
[37].
O primeiro grande lote, com 50 Apple I foi vendido à Byte Shop. Paul
Terell, dono da longa de informática, ofereceu 500 dólares por
computador se a Apple os entregassem totalmente montados. Após levantar
25 mil dólares para o empreendimento, Jobs instalou a equipe da Apple na
garagem da sua casa, para começar a montar os computadores.
Apple II
O próximo projeto da Apple Inc se tornaria o computador pessoal mais
bem sucedido da história, vendendo quase 6 milhões de unidades em 16
anos
[38].
Jobs e Wozniak planejavam um computador com "excelente invólucro,
teclado incorporado e ser integrado de ponta a ponta, da fonte de
alimentação ao software e ao monitor."
[39].
O projeto foi viabilizado graças a Mike Markkula que ofereceu uma linha
de crédito de 250 mil dólares em troca de uma participação acionária
[40]. Em
3 de abril
de 1977 a nova empresa — Apple Computer Co. — foi oficialmente criada e
comprou a antiga sociedade que havia sido formada por Jobs e Wozniak
nove meses antes
[41].
A fonte de alimentação do Apple II foi outra revolução. Jobs queria
evitar a necessidade de um ventilador e encomendou a construção de uma
nova fonte ao engenheiro Rod Holt da Atari. Holt construiu uma fonte de
enerigia comutável, que ligava e desligava milhares de vezes o que
possibilitava armazenar a energia por muito menos tempo e
consequentemente liberava menos calor. “
Essa fonte de alimentação
comutável era tão revolucionária quanto a placa lógica do Apple II. Rod
não recebe muito crédito por isso nos livros de história, mas deveria.
Todos os computadores usam agora fontes de alimentação comutáveis, e
todos roubam o projeto de Rod”, explicou Jobs mais tarde
[42].
Para o design, Jobs queria um trabalho que se destacasse diante dos
computadores em suas caixas cinza metálico. Ele queria invólucro
elegante, feito de plástico moldado leve. O trabalho foi encomendado
originalmente a Ron Wayne, mas coube ao consultor Jerry Manock produzir a
versão final.
O Apple II foi lançado oficialmente em abril de 1977 durante a primeira Feira de Computadores da Costa Oeste em
San Francisco.A
Apple recebeu trezentas encomendas na exposição, e Jobs conheceu um
fabricante de tecidos japonês, Mizushima Satoshi, que se tornou o
primeiro revendedor da Apple no Japão
[43].
Apple III
Lançado em maio de 1980, foi um fracasso. Randy Wigginton, um dos engenheiros, resumiu o problema: “
O
Apple III era uma espécie de bebê concebido durante uma orgia; mais
tarde, todos estão com uma dor de cabeça terrível, e lá está aquele
filho bastardo, e todo mundo diz: não é meu”
[44].
O "assalto" ao Xerox Parc
A visita ao
Palo Alto Research Center, mais conhecido como
Xerox PARC,
durante o verão de 1979, está entre os momentos mais folclóricos da
indústria da computação. Coube aos engenheiros Jef Raskin e Bill
Atkinson convencer Jobs a conhecer as inovações criadas no centro de
pesquisas da Xerox. A Apple negociou duas visitas mediante venda 100 mil
ações, ao preço de dez dólares.
As exibições da funcionalidade do
Xerox Alto
impressionaram a equipe de engenheiros da Apple. O computador
apresentava três tecnologias revolucionárias: A ligação de computadores
em rede. A segunda era que a programação orientada para objetos e a
terceira era interface gráfica e a tela de bitmap. As inovações só se
estabeleceriam no mercado em 1983, com o lançamento do Apple Lisa.
O ataque da Apple ao Xerox Parc é descrito como "
um dos maiores assaltos da história da indústria" e isso era endossado por Jobs, com certo orgulho: “
Quer
dizer, Picasso tinha um ditado que afirmava: ‘Artistas bons copiam,
grandes artistas roubam’. E nós nunca sentimos vergonha de roubar
grandes ideias.”. Outra avaliação aponta a situação como uma grande trapalhada da Xerox. “
Eles
estavam com a cabeça em copiadoras e não tinham a mínima ideia sobre o
que um computador podia fazer. Eles simplesmente transformaram em
derrota a maior vitória da indústria de computadores. A Xerox poderia
ter sido dona de toda a indústria de computadores.” disse Jobs a respeito da direção da Xerox.
A Xerox chegou a lançar um computador com as inovações do Xerox Alto.
Batizado de Xerox Star, o equipamento foi disponibilizado em
1981
visando o mercado de escritórios em rede. Custando 16.596 dólares no
varejo foi um fracasso total, vendendo apenas 30 mil unidades.
Apple Lisa
O
Apple Lisa
foi concebido inicialmente como uma máquina de 2 mil dólares baseada em
um microprocessador de dezesseis bits, em vez dos oito bits usados no
Apple II. O projeto nasceu em
1979. Foi o primeiro computador da Apple a utilizar a
interface gráfica, baseado na tecnologia do
Xerox Alto.
Jobs havia adotado o projeto mas foi convidado a se retirar, o que o
fez adotar o projeto Annie que mais tarde seria rebatizado de Macintosh.
Embora fosse óbvio, levou anos até que Jobs admitisse que o
equipamento foi batizado com o nome de sua primeira filha, Lisa Nicole
Brennan-Jobs. Jobs renegou sua filha nos primeiros anos de vida. "
Eu não queria ser pai”,
explicou certa vez. A relação de pai e filha só se tornou mais próxima
quando a menina completou 8 anos. Os engenheiros da Apple acabaram
criando o acrônimo de
Local Integrated Software Architecture para explicar o nome.
Embora revolucionário - contava com um sistema de proteção de memória
aprimorado, sistema multitarefas, um sistema operacional baseado em
disco rígido, suporte para 2MB de memória RAM, Slots de expansão, além
da interface gráfica e uso de mouse - o Apple Lisa foi um fracasso
comercial. Custava 9.999 dólares no varejo. Parte do fracasso comercial
deveu-se a própria Apple e Jobs que converteram o Macintosh num
concorrente mais barato que o Lisa com agravante do Mac ser mais rápido e
totalmente incompatível com predecessor. O Lisa seria descontinuado em
1989 após duas upgrades, o Apple Lisa 2 e o Macintosh XL (um Lisa 2/10
com emulador de Macintosh).
Segundo o livro: Steve Jobs, a biografia autorizada e escrita por
Walter Isaacson, o Lisa inicialmente estava sendo desenvolvido pela
equipe de Jobs, mas por ordens da diretoria da Apple ele fora afastado,
Jobs que estava interessado em desenvolver um computador pessoal que
pudesse chamá-lo de sua "criação", nesse caso empenhou-se no
desenvolvimento de um computador que revolucionou a indústria da
informática, o Macintosh, que tournou-se um sucesso em vendas e em
elogios por parte de influentes veicúlos de comunicação da época. Tal
foco no Macintosh trouxe prejuízos a fama de Lisa.
Macintosh
O projeto Annie nasceu em 1979, fruto do desejo do engenheiro Jef
Raskin de criar um equipamento simples, com tela, teclado e computador
numa única peça e vendido por mil dólares. Raskin imaginava o computador
pessoal como produto de massa, por isso trabalhava para baratear os
custos. O projeto era tocado inicialmente por apenas quatro engenheiros e
durante muito tempo esteve a ponto de ser abortado. Raskin considerava
machismo batizar computadores com nomes femininos, por isso trocou o
nome do projeto para "Macintosh", em homenagem a sua espécie de maçã
favorita, McIntosh. A grafia foi modificada para não gerar processos com
o fabricante de equipamentos de áudio
McIntosh Laboratory.
Jobs começou a ficar fascinado pelas ideias de Raskin para o projeto -
uma máquina barata para o grande público, com uma interface gráfica
simples e design despojado - mas não concordava com a transgressão na
qualidade para manter os custos baixos. Raskin e Jobs começaram uma
disputa pela liderança do projeto que terminou com o afastamento de
Raskin por ordem de
Mike Scott,
presidente da Apple na época. Jobs começou a recrutar engenheiros entre
os funcionários da Apple e no começo de 1981 já contava com uma equipe
de 20 pessoas. A equipe foi transferida para uma casa de dois andares a
cerca de três quadras da sede da Apple. Era vizinha de um posto da
Texaco e passou a ser conhecida como
Texaco Towers.
A equipe retornaria a sede em meados de 1983. Nesse meio tempo, Jobs
incitou uma rivalidade, nada saudável, entre as equipes do Mac e do
Apple Lisa. No auge da disputa, Steve Capps, engenheiro do Mac hasteou
uma bandeira pirata no recém construído prédio da Apple, que permaneceu
tremulando por algumas semanas até que membros do Apple Lisa a
sequestrassem. Após a ação, enviaram um bilhete a equipe do Macintosh
pedindo resgate.
O Mac foi o primeiro produto da Apple a integrar a filosofia de
desenvolvimento "de uma ponta a outra". Para Jobs, os melhores produtos
eram os aparelhos completos com o software talhado para o hardware, e
vice-versa. De acordo com essa linha de pensamento, há um sacrifício nas
funcionalidades de um equipamento quando o sistema operacional e os
softwares são desenvolvidos de forma genérica, para vários hardwares
diferentes, havendo sempre o risco de incompatibilidade. Essa filosofia
seria reafirmada anos depois com o
iMac,
iPod,
iPhone e
iPad.
O primeiro anúncio do Macintosh foi exibida durante os comerciais do
Super Bowl XVIII em
22 de janeiro. As três redes nacionais
ABC,
CBS e
NBC além de cinquenta estações locais levaram ao ar notícias sobre o anúncio
1984,
que se propagou numa velocidade sem precedentes. A peça de 1 minuto
dirigida por Ridley Scott e produzida pela empresa de publicidade
Chiat/Day na
Inglaterra foi escolhida pela
TV Guide e pela
Advertising Age como o maior comercial de todos os tempos.
O lançamento oficial do Mac aconteceu no dia
24 de janeiro de 1984, durante a reunião anual dos acionistas da Apple no auditório do Flint do
De Anza Community College.
Com capacidade para 2.600 lugares, o local estava lotado por
acionistas, jornalistas e Apple maniacos. A apresentação teatral do
equipamento deixou o púbico surpreso e entusiasmado. Jobs tirou o Mac de
uma bolsa, conectou teclado e mouse e puxou um disquete de 3½ do bolso
da camisa colocando-o no drive. Ao som de
Carruagens de Fogo
o Mac apresenta em sua tela a palavra "MACINTOSH" inicialmente na
horizontal e depois descendo na vertical. Em seguida aparecem as
palavras "
Insanamente grandioso" como se estivessem sendo
escritas de forma cursiva. A seguir são apresentadas imagens de captura
de tela de softwares do Mac como o
QuickDraw.
Uma surpresa no final da apresentação causou ainda mais frenesi ao já
impressionado público. O Macintoshi foi o primeiro computador a se
apresentar. Com uma voz eletrônica ele se dirigiu ao público da seguinte
forma: “
Olá. Sou o Macintosh. É ótimo sair daquela maleta, com
certeza. Não estou acostumado a falar em público, mas quero compartilhar
com vocês uma máxima que me ocorreu quando conheci um IBM de grande
porte. Nunca confiem num computador que não consigam levantar. Gosto de
falar, claro. Mas agora quero sentar e ouvir. Assim, é com muito orgulho
que apresento um homem que tem sido como um pai para mim, Steve Jobs". O final da apresentação gerou cinco minutos de aplausos contínuos descritos pelo jornalista
Walter Isaacson como "
um pandemônio, com gente na multidão aos saltos e socando o ar num frenesi."
O sucesso do Macintosh inicialmente contribuiu com o aumento da
influencia de Jobs sobre a Apple. As divisões do Mac e do Lisa foram
unificados sob sua direção, mas o processo foi traumático para ambas as
equipes. Jobs mostrava-se cada vez mais impiedoso e extravagante. O
desgaste com as equipes acabaria por contribuir com sua saída no ano
seguinte.
No segundo semestre de 1984, as vendas do Mac começaram a apresentar
queda. A interface bonita e agradável não compensavam a baixa potência,
lentidão do equipamento, ausência de disco rígido e pouca memória RAM.
Embora fosse um computador deslumbrante não havia publicidade que
conseguisse mascarar suas limitações.
Saída da Apple
O sucesso inicial das vendas do Macintosh reafirmaram a personalidade
difícil e as excentricidades de Jobs. Inicialmente John Sculley,
presidente da Apple, o apoiou entregando-lhe as unidades unificados do
Mac e do Lisa. As exigências extravagantes quanto a design e estética,
cobranças cruéis de funcionários e parceiros acabaram desgastando sua
imagem no conselho da Apple. As quedas nas vendas do Mac a partir do
segundo semestre de 1984 e vendas nulas do Lisa acabaram levando Jobs e
Scully a desentendimentos gerenciais.
No dia
24 de maio
de 1985, uma reunião entre Jobs, Scully e o corpo executivo da Apple
apoiou firmemente Scully. Com a restruturação planejada por Scully, Jobs
não ficaria com o controle de nenhuma divisão e nenhum encargo
operacional, mas poderia ficar na empresa com o título de presidente do
conselho e no papel de visionário dos produtos. Jobs não aceitou. Ele
agora estava fora da Apple.
NeXT
Após sua saída da Apple, Jobs mirou no mercado educacional criando a
NeXT.
Parte da equipe da nova empresa foi recrutada nas fileiras de
engenheiros da Apple, o que gerou revolta em parte da diretoria da
empresa. O embrolho seria resolvido com um acordo extra-judicial no
final de 1986. Na NeXT Jobs teve oportunidade de se entregar a seus
melhores e piores instintos na área de gerenciamento, design e trabalho
coletivo.
O computador NeXT foi considerado caro por conselheiros acadêmicos.
No lançamento o equipamento era vendido por 6.500 dólares enquanto as
instituições de ensino exigiam preços entre 2 mil e 3 mil. As vendas do
computador, lançado em meados de 1989, ficaram em torno de 400 unidades
mensais. Número muito abaixo das previsões e da capacidade da NeXT. O
fracasso na comercialização dos seus produtos obrigou Jobs a fechar o
setor de hardware da empresa. O sistema operacional do NeXT seria,
entretanto, responsável pela maior reviravolta na vida de Jobs e da
Apple. A Apple precisava com urgência de um novo Sistema Operacional e a
opção encontrada foi adquirir a NeXT e levar Jobs junto. O anúncio da
aquisição foi feito em
20 de dezembro de 1996.
Retorno à Apple - 1997
Walter Mossberg e Kara Swisher entrevistam Steve Jobs e Bill Gates na conferência 'D5: All Things Digital', no
Silicon Valley, em 2007
Em 1996 a Apple, que estava desenvolvendo um novo sistema
operacional, comprou a NeXT Computer, de Steve Jobs, para poder usar o
NeXTStep como base para o seu novo sistema operacional. Com esta
operação Jobs retornou para a Apple - que estava numa situação
financeira frágil e a ponto de fechar - em
1997
como consultor. A companhia foi salva a tempo com a venda de 40% das
ações à rival Microsoft, com uma ideia e um produto criativo de impacto
introduzindo o
iMac
em 1998 com o novo sistema operacional o Mac OS 9. Com o passar dos
anos a Apple readquiriu as ações da Microsoft, que evitaram a sua
falência.
Depois do sucesso de vendas dos primeiros iMacs, preparou uma nova revolução, a de refazer o famoso
Mac OS, criando uma nova e poderosa plataforma que uniu o poder e a estabilidade do sistema
Unix com a praticidade e elegância do tradicional Mac OS. Em 2000 foi lançado o
Mac OS X.
Sob a orientação de Jobs, a Apple aumentou suas vendas
significativamente depois destas inovações implantadas por ele e a sua
equipe. O iMac foi o primeiro computador introduzido no mercado com
várias características avançadas, principalmente pelo seu design
inovador e pelo material utilizado, basicamente o plástico translúcido e
colorido, o que decretou a morte da cor padrão para PCs (o bege), e a
partir de então muitos deles passaram a usar este tipo de material nos
produtos de informática em geral. Desde então, Jobs trabalhou muito em
ideias criativas deste nível obtendo sucesso de vendas com elas.
Uma das suas inovações foi ramificar a Apple para além do seu mercado
restrito da informática, passando a atuar na área de eletrônica,
telecomunicações (
iPhone), músicas digitais (
AAC e
MP3), com a introdução em 2001 do
tocador portátil de música iPod, integrado com a
loja de venda legal de música pela Internet através do
iTunes, um software dedicado para reprodução de áudio, vídeo,
CDs e de rádios online. O iPod conquistou o público pela sua leveza, praticidade, modernidade e simplicidade.
Em 2007 a Apple passou a comercializar
telefones moveis, chamados de iPhone, com tecnologia de toque (batizada de
multi-touch
por aceitar toques simultâneos); em 2008 lançou a versão de tecnologia
3G do aparelho, iPhone 3G; em julho de 2009 lançou o iPhone 3Gs (
speed), com comando de voz e muito mais rápido que os modelos anteriores.
Em junho de 2010, a Apple lançou o iPhone 4. Uma das maiores
novidades, muito aguardada pelos usuários das versões anteriores, foi a
possibilidade do multitask (execução de vários programas
simultaneamente), além da câmera com 5 MP com flash, entre outras
mudanças. O iPhone 4 foi alvo de polêmicas, após alguns usuários (0,55%,
de acordo com a própria fábrica) constatarem que, se tocado em
determinado ponto (onde ficava a antena), o equipamento sofria queda de
sinal. Poucas semanas depois, Steve Jobs apresentou-se publicamente em
uma conferência, admitindo a existência do problema. Para contorná-lo,
os usuários teriam duas opções: receber gratuitamente uma espécie de
capa para evitar o toque na antena; ou então ir a qualquer loja da Apple
para a devolução do dinheiro.
MacWorld
Steve Jobs fazia anualmente palestras emblemáticas (Keynotes), nas
MacWorlds,
quando lançava as suas tão esperadas ideias para a Apple (e o público
ficava muito frustrado quando não havia novidades convincentes nestes
eventos da Apple). Jobs e os seus parceiros apresentavam as novidades
que a empresa lançaria em cada temporada. Muitas dessas novidades
acabavam tornando-se tendência de mercado. No final de 2008, a Apple
declarou que a MacWorld 2009 seria a última em que a empresa iria
participar. Nesta edição do evento, Phil Schiller, vice-presidente de
marketing de produtos da Apple na época, foi o palestrante oficial.
Rivalidades
A rivalidade de Steve Jobs com
Bill Gates, ex-presidente e principal acionista da
Microsoft, já é elemento cultural do setor. Essa disputa pode ser verificada no filme produzido pelo canal de
TV a cabo TNT, "Pirates of Silicon Valley" (
Piratas do Vale do Silício,
na versão em português), que aborda a biografia deles e das suas
empresas, algumas vezes de forma exagerada. Podemos ver a disputa que
existia entre eles e suas respectivas empresas muito antes de serem os
ícones e "ídolos" que são hoje.
A relação de Steve Jobs com Bill Gates foi de certa forma balanceada
em rivalidade e amizade, ambos firmaram acordos milionários como no caso
em que a Apple necessitava de bons editores de textos dos quais a
Microsoft possuía: o Word, Excell e etc. E quando a Apple após o
lançamento do music player mais famoso do mundo: o iPod, disponibilizou
seu avançado serviço de música: o iTunes, ao sistema operacional da
Microsoft.
Na biografia autorizada de Jobs, Walter Isaacson relata um encontro
entre Steve e Bill; Steve Jobs estava debilitado demais para levantar de
sua cama, graças ao câncer que foi tratado de maneira tardia, quando
recebeu a visita de Bill Gates, ambos passaram um bom tempo conversando
sobre suas famílias e suas vidas, tal visita aconteceu pouco antes da
morte do cofundador da Apple.
Pixar e Disney
Em 1986, Jobs comprou da
Lucasfilm um estúdio de computação gráfica, o
Pixar Studios, por 10 milhões de dólares. Com uma parceria estratégica com a
Disney criou, produziu e lançou vários filmes em animação 3D de sucesso, tais como o
Toy Story,
Procurando Nemo,
Ratatouille, "
Up, Altas Aventuras" e o mais recente "
Carros 2". Com a compra dos estúdios
Pixar pelo grupo de comunicação e entretenimento
Walt Disney,
Jobs tornou-se o maior acionista individual da Disney, onde deveria
ocupar um posto no conselho diretivo, segundo uma nota divulgada pela
Disney no dia da aquisição, em janeiro de
2006.
Stevenotes
No mundo corporativo, foi inegável a habilidade de Jobs de
influenciar a plateia a comprar seus produtos. E além disso, em preparar
apresentações de forma simples e objetiva. Antes de mais nada, Jobs
fazia conforme recomendado pela maioria dos principais
designers de apresentação: começava no papel.
De fato, foi inquestionável a presença dessa habilidade nas
stevenotes, como eram conhecidas as
keynotes
de Jobs, transformando a exibição típica de slides, que é tediosa,
mecânica e lenta em um evento teatral completo: com heróis e vilões,
elenco de apoio e telas de fundo estonteantes. As
keynotes de Jobs na
MacWorld Expo 2007 e
2008 foram consideradas as melhores apresentações de todos os tempos. O lançamento do
Macintosh é considerado uma das apresentações mais impressionantes da história do corporativismo nos
Estados Unidos.
Jobs praticou o
zen budismo, cujo princípio central é o conceito denominado
kanso ou simplicidade
[45].
Uma apresentação de Jobs era muito simples, visual e sem marcadores.
Pesquisas sobre o funcionamento cognitivo provam que os marcadores são a
maneira menos eficaz de transmitir informações importantes. Nos slides
de Jobs pôde-se perceber evidências de contenção, simplicidade e uso
poderoso, mas sutil, do espaço vazio. Isso dá aos slides um espaço
visual pra respirar. Espaço e branco significa elegância, qualidade e
clareza.
De forma geral, as grandes apresentações possuem os nove elementos abaixo
[46]:
Slogan,
Declaração de amor,
Três mensagens básicas,
Metáforas e analogias,
Demonstrações,
Parceiros,
Depoimento do cliente e aval de terceiros,
Videoclipes, e
Flip charts, suportes e show-and-tell.
Em geral, Jobs elaborava um roteiro verbal para sua plateia,
esquematizados em grupos de três: uma apresentação pode ser dividida em
três atos; a descrição do produto em três recursos; e uma demonstração
em três etapas. Para Jobs, a "
regra de três" era um dos conceitos mais poderosos da teoria da comunicação.
O fundador da
Apple
estabeleceu a base de uma história convincente apresentando para sua
plateia um antagonista, um inimigo e um problema que precisava de uma
solução
[47].
Ao introduzir o antagonista (o problema), a plateia se agrupava em
torno do herói (a solução). O apresentador tem que criar um espaço no
cérebro da plateia para que este retenha a informação que ele esta
prestes a transmitir. Se o apresentador oferecer uma solução sem definir
o problema isso não vai acontecer. Dessa forma, deve ser criada uma
resposta concisa para as perguntas: "
O que você faz?", "
Que problema você resolve?", "
Qual é o seu diferencial?", "
Por que devo me interessar?". De acordo com as pesquisas sobre o funcionamento cognitivo, a plateia começa a "
morrer" depois de 10 minutos.
As demonstrações ajudam os apresentadores a criar uma conexão
emocional com todo tipo de aprendiz da plateia: o visual, o auditivo e o
cinestésico [48].
Os aprendizes visuais correspondem a cerca de 40% da plateia, os quais
aprendem por meio da visualização. Dessa forma, devem ser elaborados
slides com poucas palavras e muitas imagens. Os aprendizes auditivos
representam de 20% a 30% da plateia. Devem ser usadas técnicas verbais e
retóricas, através de histórias pessoais ou exemplos eloquentes para
apoiar as mensagens principais. Os aprendizes cinestésicos são aqueles
que aprendem fazendo, movendo-se e tocando. Devem ser usados objetos,
exercícios escritos, ou fazendo-os participar das demonstrações.
As palavras usadas em suas apresentações são importantes. Mas, além
disso, também é importante a forma como ele as expressa, mantendo uma
ligação com os slides. Jobs, quando estava no clímax, fazia três coisas
que qualquer um pode e deve fazer para aprimorar as habilidades
oratórias e de apresentação: ele estabelecia contato visual, mantinha
uma postura aberta e fazia gestos frequentes com as mãos.
A pesquisa científica descobriu que o contato visual está associado à
honestidade, confiança, sinceridade e segurança e a falta dele à falta
de confiança e de capacidade de liderança
[49].
A quebra do contato visual é infalível para perder a conexão com sua
plateia. Jobs sabia exatamente o que havia em cada slide e o que ia
dizer no momento em que o slide apareceria.
Os sinais não verbais causam maior impacto em uma conversa
[50].
O tom de voz, por sua vez, é o segundo fator mais influente e as
palavras realmente ditas são o terceiro e o menos importante. As pessoas
julgam o apresentador o tempo todo, mas, principalmente, nos primeiros
90 segundos do encontro.
Jobs raramente cruzava os braços ou ficava atrás de um
púlpito. Sua postura era aberta, não colocando nada entre si e sua
plateia.
Ao manter as mãos paradas, o apresentador se mostra rígido e formal.
Jobs, por sua vez, enfatizava quase toda frase com um gesto que
complementava suas palavras. Além disso, ele diversificava sua expressão
verbal para criar suspense, entusiasmo e emoção utilizando quatro
técnicas: inflexão, pausas, volume e ritmo
[51].
De fato, Jobs mudou a vida de todo o mundo com seus produtos. Além
disso, deixou também um legado sobre como fazer apresentações.
Problemas de saúde
Em outubro de 2003, Jobs foi diagnosticado com
câncer de pâncreas.
Em julho de 2004 ele foi submetido a uma cirurgia de
duodenopancreatectomia, para retirada do tumor.
No dia
24 de agosto de
2011,
Jobs renunciou à presidência da Apple. Ele esperava permanecer como
presidente da mesa de direção da empresa, recomendando em sua carta de
demissão que
Tim Cook fosse nomeado seu sucessor.
[52]
Morte
Steve Jobs morreu no dia
5 de outubro de
2011 na sequência de um
câncer pancreático, contra o qual lutava desde 2004.
[2] O anúncio foi dado pela família dele, que disse: "morreu em paz hoje".
[53][54] A empresa da qual ele foi fundador e
CEO, a
Apple Inc., divulgou um comunicado separadamente anunciando a morte de Steve Jobs:
[55][56]
Estamos profundamente tristes ao anunciar que Steve Jobs faleceu hoje.
O brilho de Steve, sua paixão e força foram as fontes de inúmeras
inovações que enriquecem e melhoram todas as nossas vidas. O mundo é
incomensuravelmente melhor por causa de Steve.
Os grandes amores da sua vida foram a sua esposa, Laurene e sua família.
Nossos corações estão com eles e para todos que foram tocados por seus
dons extraordinários.
—Apple
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We are deeply saddened to announce that Steve Jobs passed away today.
Steve’s brilliance, passion and energy were the source of countless
innovations that enrich and improve all of our lives. The world is
immeasurably better because of Steve.
His greatest love was for his wife, Laurene, and his family. Our hearts
go out to them and to all who were touched by his extraordinary gifts.
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No mesmo dia, o site corporativo da Apple recebia os visitantes com
uma página simples mostrando o nome de Steve Jobs, o seu ano de
nascimento e morte e um dos seus retratos mais famosos. Ao ser clicada, a
imagem conduzia a uma página com um obituário que dizia:
A Apple perdeu um visionário e gênio criativo, e o mundo perdeu um
ser humano incrível. Aqueles de nós que tiveram sorte o bastante para
conhecer e trabalhar com Steve perderam um amigo querido e um mentor
inspirador. Steve deixa para trás uma empresa que só ele poderia ter
construído e seu espírito sempre será a base da Apple.
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Apple has lost a visionary and creative genius, and the world has
lost an amazing human being. Those of us who have been fortunate enough
to know and work with Steve have lost a dear friend and an inspiring
mentor. Steve leaves behind a company that only he could have built, and
his spirit will forever be the foundation of Apple.
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